sexta-feira, 1 de abril de 2011

A esquizofrenia do momento

Momento! Olho para mim de além… Ali ao fundo e… As minhas emoções vivem aqui. Sento-me a repousar no ponteiro dos segundos. Alucinação cai em mim. Desassocio-me em passeios mentais pelo meu olhar. Caos na ordem… GRITO! Aplaudo intensificações de sabor. É o início do fim! Regresso! Tempo de voltar aos meus momentos… Fiquei no centro de mim. Olho em redor… Vazio… Gentes! Vazio! Passas tu e eu! Vazio! Sou um não raciocínio. Vazio! Sou lógico com ataques ilógicos… Vazio!
Sou passado escondido no presente. És possível? Queria detonar-me para dentro de um sonho… Lembras-te daqueles momentos? Lembras-te das noites quentes-frias lá? Naqueles locais só meus? Lembras-te de olhares para trás e de sorrir? De apertares a mão à insanidade? Lembras-te? Olho novamente e digo adeus… Talvez o último, talvez o primeiro. Lembras-te de mim? Lembro-me de ti e de mim em formas desagregadas… Somos o próprio… Não somos? Inalo um sem fim de vontades. E se só por hoje tentasse ser eu mesmo? Se só por hoje deixasse a solidão fugir e poder ser indivisível. Vou ter saudades do até amanhã… Vejo agora todo o sentido…
Espero…
Sento-me… Vivo! Encontrei-te em mim! Encontrei-me!
Choro pela última vez… Espelho agora toda esta vida… Esta que foi minha! Esta que há-de ser outra… Também ela há-de ser minha. Sei que não volta a amanhecer… Mas contento-te com aquilo que sei que existiu… «SILÊNCIO»
Aqui e agora vou dizer… «SILÊNCIO» Sei que me entendes!