Chora o desespero, chora por lembranças, chora por não poder voltar atrás. Passado… Ficaste aí, perdido, oculto… Semeado numa corrente de pensamentos. Filosofias estragadas, corroídas pelo tempo. Sinto os pés descalços em mármore tosca… Sinto? Será que não é a pedra que me sente? Sento-me e esqueço! Fecho os olhos que sempre estiveram por abrir! Sorrio… Choro… Multi-sensações criadas em mim. Criaram-nas… Abatam-nas… Esqueci-me do significado de caminhar para longe de tudo… Longe de todos… Longe de mim. Caminhar para longe de um futuro que chegou! Quem era eu? Quem sou eu?
Retratos rasgados em sensações… Infinito… Lava-se aquele cheiro…
Cheiro de recordações… Mais… Pó diluído em retratos… Amarelo! Tempo! Recorda! GRITA! Sufoco!!! Extremos que se tocam… Ruas que se cruzam… Por onde andei durante este tempo? Espaço… Espaços…
Sou eu novamente… Sou aquele que não era. Sinto-me bem… Encontrei-me, não que alguma vez me perdesse, ou que andasse perdido, mas poderia perder… Não a mim, mas a alguém… Se calhar a mim também. Mas se me perdesse quem me encontraria? Eu? Tu? Encontrei-me!!! Encontraste-me! Não me sinto perdido…Não sou eu? Sou eu, mas não perdido, ou talvez perdido e despido de sensações alucinantes que me cavam prazeres… Sou eu!!! Transformação única de lugares… Sento-me… Apaziguo o olhar… Olho agora para trás… Já foi! Olho em frente… É agora!!! Agarro aquele calor...